quarta-feira, 30 de março de 2011

"Quando vier o amanhã"

"Quando eu era jovem pensei em várias coisas:
Pensava que precisava de liberdade,
Mas foi dito que eu precisava de direção.
Pensava que poderia tomar minhas próprias decisões,
Mas foi dito que eu tinha obrigações.
Pensava que poderia seguir o meu sonho,
Mas foi dito que eu devia seguir as regras.
Quando eu era jovem pensei em várias coisas:
Mas agora eu sou mais velho e todos os meus sonhos se foram."
                                                 (Trecho de "Quando vier o amanhã" de Peter O'Connor, pág.24/25)

Hoje eu engoli esse pequenino livro, que em poucas páginas conta uma bela história. Não é uma história surpreendente, nem inovadora, é apenas uma história que nos remete a repensar em nossa maneira de viver.
O texto traz a máxima do "viver agora" e, por isso, me remeteu ao filme "Tudo acontece em Elizabethtown". Ambos me deixaram a mesma ânsia de viver, de correr atrás de sonhos e de viver o presente.

Morro de vontade de viver loucamente (e já o faço). Quero muitas viagens e aventuras, assim como a maioria de meus amigos! Mas, como muitos, ainda sofro com o medo do Desconhecido (sim, é com maiúscula).

Espero poder respirar fundo e me entregar ao Desconhecido sempre que for preciso em minha vida! Com 18 anos, sei pouca coisa sobre viver, mas sei que dos meus sonhos e da minha liberdade não posso me desvencilhar nunca!

Recomendo tanto o livro quanto o filme para aqueles que desejam reavivar sonhos e gozar do desapego!

terça-feira, 29 de março de 2011

"A questão de existir um Deus"

Hoje estava lendo Bertold Brecht e lembrei do meu questionamento sobre a existência de um Deus. Aos 14 anos, desisti de acreditar em Deus. Minha razão falou mais forte e deixei toda a fé que tinha de lado. Fui criada em um colégio católico e admito que foi difícil parar de rezar todas as manhãs junto aos meus colegas de sala.
É fácil não acreditar em um Deus quando não se precisa dele, mas tudo muda quando se precisa.
Durante minhas crises de choro e desespero, tudo o que eu queria era ter um Deus para mim. Mas a essa altura não podia pedir nada a alguém em quem eu dizia não acreditar.

"Alguém perguntou ao Sr. K. se existe um Deus. O sr. K. respondeu: "Aconselho refletir se o seu comportamento mudaria conforme a resposta a essa pergunta. Se não mudaria, podemos deixar a pergunta de lado. Se mudaria, posso lhe ser útil a ponto de dizer que você já decidiu: você precisa de um Deus".
                                                                                                Bertold Brecht

Procuro, hoje em dia, um Deus, em todos os cantos, com letra maiúscula ou minúscula. Algo ou alguém que me faça crer que tudo pode melhorar em qualquer situação! Aos poucos sinto essa presença dentro de mim, espero que permaneça aqui!
Se não, vou procurar em jornais, revistas, em sites, usar incensos, velas, rosas, rezar, orar, cantar! Hei de fazer de tudo para encontrar-te ou encontrar-me!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Marcha soldado!

Hoje conheci um senhorzinho de 80 e poucos anos chamado Mário, ele é muito sorridente e carinhoso. Há 2 anos, ele vem perdendo seu passado e as poucas coisas que construiu nele. Não reconhece seus filhos, sua mulher ou seus netos (inclusive eu). Restou muito pouco do antigo Mário: uma certa rejeição quanto às enfermeiras que dão banho nele e trocam suas roupas por serem mulheres e uma música! De todas as músicas que ouviu durante sua vida só sobrou "Marcha soldado, cabeça de papel, se não marchar direito vai preso para o quartel!"
É essa música que ele canta todo dia junto com as enfermeiras, antes de comer, de ir ao banheiro ou de ir ao jardim.
Por que essa música? Uma música infantil, que provavelmente ele aprendeu ainda na sua infância. A unica parte do seu passado completamente viva. Passado que eu nunca conheci e hoje sei que nunca vou conhecer.
Ao contrário do Mário de hoje, o avô que tive minha vida inteira nunca se permitiu muitas aproximações, sorriu pouco e eram poucas as demonstrações de carinho. Imagino eu, que meu avô sempre teve medo de ser preso no quartel!
Eu realmente espero que se um dia perder tudo que tenho, eu ainda cante:

"Se essa rua, se essa rua fosse minha 
eu mandava, eu mandava ladrilhar
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
para o meu, para o meu amor passar."

quarta-feira, 23 de março de 2011

"Todo fim é um recomeço!"

Resolvi ressuscitar o blog por diversos fatos que ocorreram na última semana. Minha vida tem mudado muito e sinto vontade de me expressar, de gritar para o mundo minhas vitórias e derrotas!
Um dos fatos que me fizeram voltar ao blog aconteceu 2 dias atrás no shopping Center 3 da Paulista, enquanto eu fazia a cabine de imprensa para o filme "Atividade Paranormal em Tóquio". Eu senti um cheiro incrível de amêndoas, pois é, amêndoas! E tive um incrível momento epifânico onde senti vontade de contar tudo o que passei nos últimos meses.
Sou uma depressiva de 18 anos em recuperação e acredito que algumas pessoas vão gostar de ler meus relatos, sejam amigos, depressivos, ex-depressivos ou apenas loucos!
Sei lá porque o cheiro de amêndoas me trouxe a isso, mas aqui estou!

Para esse recomeço, exclui a maioria dos posts desse blog que consistiam em poemas reflexos das minhas depressão e deixei apenas os dois primeiros textos postados aqui. O primeiro reflete um momento no qual eu acreditava imensamente no poder da cura e da superação (coisa que perdi meses depois) e o segundo fala sobre liberdade, fator essencial em minha vida (que fui incapaz de enxergar por algum tempo) e agora volta a tona com tudo!

Pretendo também falar sobre o teatro, sempre muito presente em minha vida, sobre cinema e música, coisas que vem me encantando desde sempre!

"Saiba que todo fim é um recomeço. Da vida eu quero amor, o resto eu desconheço"
                                                                             Móveis Coloniais de Acaju